O clima de fim de ano costuma animar investidores de criptomoedas. No entanto, desta vez, o mercado já aceita que o Bitcoin não deve registrar uma forte alta em dezembro. Apesar das esperanças de que o preço voltaria rapidamente para a região de US$ 100.000, a realidade mostra uma pressão diferente. Os ETFs de Bitcoin perderam força, os fluxos institucionais diminuíram e o apetite por risco já não é o mesmo do início do ano.
Ao longo das últimas semanas, a queda nas entradas de capital institucional se tornou evidente. Mesmo com expectativas de cortes de juros e ambiente regulatório mais favorável, o mercado percebe que a tendência de alta enfraqueceu.
Três catalisadores agora determinam o rumo do BTC: a entrada de capital nos ETFs dos Estados Unidos, a dominância do Bitcoin entre as criptomoedas e o movimento de lucro ou prejuízo realizado pelos traders. Todos eles mostram sinais de desaceleração e reforçam um cenário mais cauteloso.
O primeiro ponto de atenção aparece nos fluxos dos ETFs. Durante boa parte do ano, gigantes corporativos, como a Strategy, impulsionaram o Bitcoin para seus maiores patamares históricos. Mas, recentemente, o quadro virou.
Dados da Farside revelam que quase US$ 250 milhões saíram dos ETFs em dezembro. Assim, a antiga zona de suporte em US$ 100.000 virou resistência, e o BTC luta para se manter acima de US$ 90.000. O enfraquecimento institucional abre espaço para uma mudança clara no comportamento de preço.
Outro sinal relevante vem da dominância do Bitcoin, que mede a força do BTC frente às altcoins. A dominância caiu para 59,31%, acompanhando a retração do valor de mercado, que agora gira em torno de US$ 1,79 trilhão. Esse recuo costuma indicar o fim de ciclos de alta e sugere possível rotação de capital para outros ativos. Apesar disso, analistas ressaltam que, se a dominância voltar a subir, o Bitcoin pode recuperar parte da força perdida nas últimas semanas.
Enquanto isso, o mercado observa um comportamento ainda mais preocupante nos dados on-chain. A métrica de lucro e prejuízo realizado, monitorada pela Santiment, mostra traders vendendo Bitcoin com prejuízo em diversos dias.
Isso revela um processo de capitulação, que aumenta a pressão vendedora e reduz a confiança. Picos negativos nessa métrica geralmente precedem quedas mais acentuadas, e muitos investidores agora esperam movimentos ainda mais fracos nas próximas semanas.
No gráfico diário, o Bitcoin opera acima do suporte em US$ 83.828. A resistência mais próxima aparece em US$ 91.361, seguida de US$ 98.019. A marca de US$ 100.000 continua sendo o grande divisor entre pessimismo e otimismo.
“Apesar da consolidação de quase três semanas, o BTC mostra alguns sinais mistos. O RSI marca 43, tentando voltar para a zona neutra, e o MACD apresenta barras verdes. Mesmo assim, qualquer novo avanço depende de um fechamento acima de R2, algo ainda distante da realidade atual”, destaca o analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev.
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