A Coinbase iniciou uma de suas maiores expansões desde a fundação, ao incorporar ações, mercados de previsão, negociação descentralizada via Solana, derivativos simplificados e até stablecoins customizadas. A empresa agora acelera sua transformação em uma plataforma unificada, capaz de oferecer diferentes classes de ativos e serviços financeiros dentro de um único aplicativo.
O movimento ocorre em meio à crescente competição entre fintechs globais, exchanges cripto e plataformas descentralizadas que já oferecem produtos mais amplos. A Coinbase, porém, aposta em integração completa e experiência simplificada como diferencial estratégico.
Um dos lançamentos mais relevantes é o trading de ações diretamente no app, por meio da Coinbase Capital Markets Corp. Usuários nos Estados Unidos já podem comprar e vender ações e ETFs com taxa zero, usando dólares ou USDC de forma integrada às suas carteiras cripto.
A plataforma também passa a oferecer negociação ampliada, com possibilidade de operar determinados papéis 24 horas por dia, cinco dias por semana. A Coinbase promete incluir “milhares” de ações adicionais nos próximos meses.
No segmento internacional, a empresa prepara o lançamento de perpétuos vinculados a ações, permitindo exposição contínua e alavancada a grandes empresas americanas. A solução abre espaço para produtos estruturados inéditos dentro do universo cripto.
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Além disso, a companhia revelou o Coinbase Tokenize, solução prevista para 2026 que permitirá a emissão e gestão de ativos tokenizados, incluindo ações corporativas, um passo natural rumo à integração entre mercados tradicionais e infraestrutura blockchain.
A Coinbase também estreou oficialmente em prediction markets, graças à parceria com a Kalshi. Usuários podem negociar contratos baseados em eventos com apenas US$ 1, utilizando dólares ou USDC, diretamente no app.
Outra novidade é a integração nativa com a Jupiter, principal DEX aggregator da Solana. Agora, qualquer token lançado na Solana pode ser negociado instantaneamente dentro do app, sem necessidade de carteiras externas ou roteamento manual. A empresa afirma que milhões de ativos onchain, na Solana e na Base, já estão acessíveis por padrão.
A Coinbase planeja expandir esse modelo para outras redes, reforçando a ponte entre trading tradicional e negociação descentralizada.
A empresa também apresentou o Custom Stablecoins, permitindo que empresas emitam stablecoins próprias lastreadas em USDC e outros ativos estáveis. Entre os primeiros interessados estão Flipcash, Solflare e R2.
No campo de pagamentos, a Coinbase reforçou o avanço do protocolo x402, que permite a integração de stablecoins em requisições web, possibilitando pagamentos automatizados realizados inclusive por agentes de IA.
Para reforçar a experiência do usuário, a empresa lançou o Coinbase Advisor, assistente de IA que ajuda a montar carteiras, responder dúvidas e navegar pelos novos produtos.
E, no segmento corporativo, o Coinbase Business agora está disponível nos EUA e em Singapura. A solução oferece pagamentos globais, gestão de ativos digitais, rendimento em USDC e automação financeira nativa em blockchain.
Com essa onda de lançamentos, a Coinbase deixa claro que pretende ultrapassar o rótulo de exchange cripto. A estratégia posiciona a empresa como uma plataforma híbrida, que reúne ações, derivativos, stablecoins, DEX, mercados de eventos e ferramentas onchain em um só ambiente, aproximando a visão da companhia de um novo conceito: a “everything exchange”.
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