A Azul alterou, na última terça-feira (23), o ticker das ações preferenciais da companhia, que deixaram de ser negociadas sob o código AZUL4 e passaram a adotar AZUL54 na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Segundo a companhia, a mudança foi necessária por razões operacionais. O preço definido na oferta pública é inferior a um centavo, inviabilizando a negociação direta nos sistemas da B3.
Nas ações preferenciais, o valor estabelecido foi de R$ 0,01014 por papel. Já para as ações ordinárias, o preço definido é ainda menor, de R$ 0,00013 por ação.
Como a Bolsa brasileira não permite negociações abaixo de R$ 0,01, a solução adotada foi agrupar as ações em grandes lotes, com novos códigos de negociação. Os papéis agora operam em lote padrão de 10 mil ações, com fator de cotação ajustado.
Na prática, o preço exibido no pregão passa a representar o valor do lote completo, e não mais o preço unitário de cada ação, como ocorria anteriormente.
Também houve alteração nas ações ordinárias emitidas na nova oferta, que passarão a ser negociadas a partir de janeiro de 2026 sob o código AZUL53. Nesse caso, o lote padrão será de 1 milhão de ações, refletindo o baixo preço unitário definido na operação.
A Azul protocolou o pedido de registro de uma oferta pública de ações que pode movimentar cerca de R$ 7,44 bilhões. A operação prevê a emissão de 723,8 bilhões de ações ordinárias e o mesmo volume de ações preferenciais.
O objetivo é a capitalização obrigatória de dívidas financeiras no âmbito do processo de Chapter 11, mecanismo jurídico utilizado nos Estados Unidos para reorganização de empresas em dificuldade financeira.
Em comunicado, a companhia informou que esta é a primeira de duas ofertas públicas planejadas e alertou que novas captações podem resultar em diluição relevante para os atuais acionistas.
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