Partido alega que Hugo Motta descumpriu ordem judicial ao não efetivar cassação da deputada condenadaPartido alega que Hugo Motta descumpriu ordem judicial ao não efetivar cassação da deputada condenada

PT vai ao STF contra decisão que manteve mandato de Zambelli

2025/12/12 01:18

O PT (Partido dos Trabalhadores) entrará com mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão da Câmara dos Deputados que manteve o mandato de Carla Zambelli (PL-SP). A votação realizada nesta 5ª feira (11.dez.2025) registrou 227 votos favoráveis à cassação e 170 contrários, número insuficiente para aprovar a medida, que exigia 257 votos. 

Segundo o deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), descumpriu determinação judicial ao não efetivar a cassação da parlamentar, que está detida na Itália após condenação pelo STF. Farias afirmou que a decisão do Supremo determinava claramente o afastamento da deputada.  

“A gente está entrando com mandado de segurança no STF, pois a coisa foi conduzida de forma equivocada e errada pelo presidente Motta. A decisão do Supremo é uma decisão muito clara. Na decisão do ministro Alexandre de Moraes na condenação da deputada Carla Zambelli, ele decide e fala, em cima do art.55 inciso III, que a Mesa da Câmara tem que fazer um afastamento”, disse o deputado em coletiva após a votação. Ele ainda destaca que “o presidente da Câmara tem que obedecer a uma decisão judicial”

Carla Zambelli foi condenada em maio deste ano pelo STF a 10 anos de prisão e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O ministro Alexandre de Moraes determinou então a prisão preventiva da deputada. 

De acordo com as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão ao sistema do CNJ para a emissão de um mandado falso de prisão contra Moraes. Ainda conforme a investigação, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti, que também foi condenado e disse ter realizado o trabalho a mando da congressista. 

Em junho, Zambelli deixou o Brasil e passou a ser considerada foragida. O nome da congressista chegou a ser incluído na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Em julho, Zambelli foi presa em Roma, capital da Itália. O governo brasileiro pediu a extradição de Carla Zambelli. O pedido foi oficializado pelo STF e o requerimento foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano.  

Em agosto, ela também foi condenada pelo STF a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal contra o jornalista Luan Araújo em São Paulo, na véspera do 2º turno de 2022. O STF determinou a perda do mandato parlamentar após o fim da possibilidade de recurso, bem como o pagamento de uma multa de 400 salários mínimos vigentes em 2022 com atualização monetária. 


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